sábado, 23 de janeiro de 2010

Avatar, ou a culpa da consciência americana pela destruição da Natureza

O filme Avatar está se tornando a maior bilheteria do cinema de todos os tempos. Seu diretor, James Cameron, cria novamente, um enredo em que o avanço tecnológico desenfreado causa o desastre. Este tema já havia sido abordado em outros grandes sucessos do diretor, como por exemplo Allien e Titanic; Apesar da diferença dos gêneros de filme, pois Titanic é uma tragédia romântica, enquanto Allien mistura ficção científica com suspense, e por outro lado Avatar mistura fábula e ficção científica, há um tema comum que os perpassa: a Hybris, ou orgulho vão, do ser humano que acha que chega ao total dominío tecnológico X Natureza que num movimento compensatório, vence esta Hybris. O tema da Hybris tem relação com a ascensão do ego humano que acredita, numa atitude heróica, poder vencer a Natureza. Mas o desfecho é sempre o mesmo: a Natureza mostra-se superior às pretensões heróicas do ser humano. Em Allien a Natureza agredida retorna na forma de alieníginas que devoram seres humanos que partem orgulhosamente para dominar, com suas naves tecnológicas novos mundos. Já em Titanic, o navio que seus construtores diziam que nunca poderia ser afundado, Cameron filme uma remontagem romanceada do que seria a primeira e última viagem do transatlântico mais luxuoso do mundo. Já em Avatar o tema ecológico é explícíto: soldados americanos querem invadir a terra de seres guardiões da Natureza, para poder auferir riquezas e são derrotados. Porém, na última hora o soldado americano deserta e passa a defender a Natureza. Cameron apresenta setores da consciência americana que se sentem culpados frente à destruição da natureza, empreendida principalmente por eles, líderes mundiais do consumo desenfreado de energia.

2 comentários:

  1. Boa noite, professor Haroldo!

    Estou com saudades do senhor e de suas aulas. Gostei muito deste post falando sobre os filmes, acho que a Psicologia tem muito a contribuir quando se propõe a analisar livros, filmes e músicas. E o senhor é mestre, né, a gente sempre tem muito a aprender com seu olhar.
    Um abraço carinhoso,
    Luciana Cescon

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  2. Olá Luciana, tudo bem?
    Como estudamos nas aulas sobre Oficina de Criatividade, a arte autêntica, de elevado nível,reflete os mais profundos pensamentos e sentimentos do ser humano,mostrando, então, as mais profundas inquietações sobre a existência humana.
    Abraço, Haroldo

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