sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A ópera Princípe Igor, de Borodin

A ópera Princípe Igor, de Borodin, é uma das poucas obras deste compositor e cientista russo-georgiano do século XIX, falecido precocemente. Nela, ele funde melodias orientais com melodias russas. O seu ponto alto são as "Danças Polovetsianas", na qual ele contrasta um doce tema melódico feminino (A canção das donzelas cativas), com um agressivo tema masculino (A canção dos guerreiros polovetsianos, povo tartáro que viveu no sul da Rússia no início do primeiro milênio). O tema feminino é extremamente mágico, doce, uma das mais inspiradas melodias de todos os tempos, representando o amor à terra, levando-nos diretamente ao que o grande ciclo matriarcal de nossa história, onde os povos viviam pacificamente do cultivo da terra. Já a canção dos guerreiros polovetsianos, constrasta com seu tom marcial e patriarcal. Esta parte da música nos remete diretamente ao ciclo patriarcal, no povos nômades, guerreiros e pastoris começaram a atacar os povos matriarcais, fazendeiros e pacifistas. O contraste entre as duas melodias é intenso, modulado por uma dança de ritmo frenético que mistura as duas melodias! É uma música de arrepiar, e transformou-se também em balé, que poderá ser visto no Youtube. Vale a pena conferir!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A mudança do pensamento pela via artística

Uma das melhores formas de melhorar o interior das pessoas, segundo o filósofo Mokiti Okada, é através da apreciação de obras de arte de elevado nível. Ele coloca que o Belo, seja o da paisagem natural, ou aquele criado pela mão do homem, desperta sentimentos positivos dentro do homem, dando novos sentidos para sua existência. Este filósofo (Japão, 1882-1955) propõe algo muito interessante: que a arte de bom nível possa estar o mais acessível possível para as pessoas, ou melhor, ela deve fazer parte do cotidiano das pessoas. Por este motivo, tanto reuniu coleções de obras de arte em vida, fundando o Museu MOA de Belas Artes de Hakone, assim como esta mesma coleção serviu de base para o Museu MOA de Belas Artes de Atami, fundado após sua morte, e que é o maior museu de Belas Artes do Oriente. Ele também incentivou a prática ou apreciação da arte no cotidiano, como por exemplo, através do arranjo floral ou ikebana, no qual buscava que as pessoas tivessem contato com o Belo através da flor, em seus ambientes de convivência diária.

sábado, 14 de novembro de 2009

Antonin Dvorák, um romântico genial

Antonin Dvorák, compositor tcheco clássico do século XIX, era um genial criador de melodias maravilhosas. Johannes Brahms, compositor clássico alemão, seu contemporâneo e amigo, dizia ter inveja de sua fértil imaginação musical. Junto com Bedrich Smetana, criou a música clásica tcheca. Tirava sua inspiração das melodias populares de seu país, como nas "Danças Eslavônicas", baseadas no folclore theco. Nestas, ele alia belíssimas melodias, com um animado senso de ritmo, que é característico da música eslava, de maneira geral. Seus feitos não param aí. Convidado para reger uma orquestra no Estados Unidos, Dvorák inspira-se nos blues e spirituals negros e em melodias indígenas deste país, para criar uma das mais belas sinfonias de todos os tempos, a Sinfonia nº 9, "Do Novo Mundo". Nela nada é banal ou desnecessário ou repetitivo. É um puro deleite musical, do começo ao fim! Dvorák torna-se, com esta sinfonia, um grande precursor da música clássica norte-americana, abrindo caminho para compositores como Gershwin e sua "Raphsody in Blue", no qual o compositor clássico do século XX escolhe o blues como inspiração para sua rapsódia.

domingo, 1 de novembro de 2009

Mozart, o poeta dos sons

Ouvir Mozart é uma das mais sublimes experiências que se pode ter no domínio da música. O genial compositor austríaco deixou centenas de composições, algumas sendo das mais belas melodias de toda história da música. Mozart é, segundo o maestro Roberto Minzuk, o compositor que os músicos acham mais difícil de executar, porque suas melodias contém um lirismo e doçura que deveram ser necessariamente trazidos pelo intérprete para sua execução. Ouçamos Mozart, o poeta dos sons, e sentiremos nossas vidas cada vez mais plenas de sentimentos e amor!

domingo, 25 de outubro de 2009

Curso Introdutório sobre Arte-Terapia e Oficina Terapêutica

A Arte-Terapia consiste, nos dias de hoje, numa nova técnica da psicologia, que oferece alternativas terapêuticas ao psicólogo e profissional da saúde mental nos casos de pacientes que têm dificuldades de verbalização. A arte-terapia também oferece possibilidades de aplicação de psicoterapia e psicoprofilaxia para pacientes que necessitam de uma linguagem mais lúdica, sendo indicada para aplicação de dinâmicas e vivências em instituições. Para momentos onde que o processo psicoterapêutico individual se encontra em impasse, também a arte-terapia é de grande valia, pois oferece possibilidades de mobilização de aspectos emocionais. Por este motivo, estamos oferecendo o curso introdutório de Arte-Terapia e Oficina Terapêutica para psicólogos e profissionais de saúde mental, e alunos dos últimos anos dos cursos de Psicologia, Terapia Ocupacional, Enfermagem, Fonoaudiologia, Fisioterapia,  e Serviço Social. Serão 6 aulas, com vivências de arte-terapia com 2 horas de duração. Seguem os dados do curso:
Início: 30/10/2009 
Frequência: semanal
Horário: sábados, das 14:30  às 16:30 horas
Local: Prumo Comportamento e Gestão.
Endereço: R. Rio de Janeiro, 16 - Vila Belmiro - Santos
Informações: (13) 3224-5214(Rosana), (13) 9784-6599 (Haroldo)
Investimento: Três parcelas de R$ 100,00 ou seis parcelas de R$ 60,00
Número de vagas: 08

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A dificuldade de diálogo entre as escolas de psicologia

Por quê a psicologia tem tanta dificuldade de diálogo interno? Como dizia Winnicott, em carta à Melanie Klein (escrita em 1952 e publicada em seu livro "O Gesto Espontâneo", Editora Martins Fontes), o legado de um autor só será verdadeiro se pessoas independentes, de fora da própria escola de pensamento, puderem ler e redescobrir o pensamento do autor. Porém a grande maioria das pessoas têm dificuldade de ler sem preconceitos um autor. Como dizem os fenomenólogos, para estudar um fenômeno precisamos por entre parênteses nossos próprios conceitos, devemos confrontar-nos com ele sem uso de categorias pré-determinadas. Isto, penso eu, aplica-se também à leitura dos diversos autores de psicologia, que não sejam de sua escola de pensamento. Winnicott foi um dos que conseguiram mostrar esta disposição, ao conseguir dialogar com a escola junguiana, principalmente com Michael Fordham, chefe da escola junguiana na Inglaterra, e seu amigo íntimo. O ilustre psicanalista inglês dizia, em uma carta a seu amigo Fordham (publicada no livro já citado) , que gostava dele porque ele era uma pessoa que aparentava realmente ler os escritos do outro. Winnicott foi além: leu o próprio Jung, criticando-o, mas também ressaltando seus aspectos positivos, como a sua noção de transferência e de ter sido o primeiro psicólogo a ter usado o conceito de self na Psicologia. Winnicott a meu ver foi corajoso, pois a grande maioria dos psicanalistas críticos de Jung parece ter lido o Introdução ao Narcisismo, de Freud, mas não as obras de Jung. Digo isto porque a maioria dos psicanalistas críticos de Jung parece repetir a crítica feita por Freud a Jung nesta obra já citada. Isto mostra o julgamento preconceituoso da obra junguiana pelos psicanalistas, o que para mim é uma grande pena.Como dizia o grande antipsiquiatra existencialista Ronald Laing, no seu livro "Sobre loucos e sãos", conhecer junguianos que haviam lido e incorporado contribuições freudianas ele conhecia, mas do caso contrário - freudianos que haviam lido Jung, ele nunca havia tomado notícia. Neste livro, o próprio Laing relata que lera Jung,. fazendo uma apreciação crítica das contribuições do mesmo, assim como mostra que estava muito a par das contribuições psicanalíticas, mesmo as mais recentes. Por este motivo, acredito que devemos sempre ler os autores fenomenologicamente, para o bem do diálogo interno de nossa Ciência.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Novo horário da entrevista sobre saúde mental na família, do psicólogo Haroldo Sato

A minha entrevista na TV COM, canal 11 da NET-Santos, a ser exibida hoje, 08-10-2009, começa um pouco mais cedo, às 17;50 horas. Confiram e depois comentem.
Abraço, Haroldo.

Um entre cada dez brasileiros não sabe ler, ou a taxa do analfabetismo no Brasil é 100% maior do que na Argentina!

De acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), no Brasil o índice de analfabetismo está por volta de 10%. o que significa, tragicamente, que um entre dez brasileiros não sabe ler. É sempre importante, principalmente quando se trata de seres humanos, não ficar na percentagem pura. Precisamos traduzi-lo em termos humanos, ou seja, um certo número de pessoas dentro de um certo grupo. Senão acabaremos interpretando as estatísticas como os burocratas. Só 10%, uma taxa residual! Esqueceremos que por de atrás da porcentagem, há pessoas. Um em cada dez brasileiros está excluída dos processos culturais mais básicos, sente-se diferente, inferior aos outros, necessita de ajuda em coisas básicas como ler letreiros de ônibus, uma bula de remédio, placas indicativas de trânsito, é excluído digital, está a margem da história! Na Argentina e no Uruguai, nossos vizinhos, a taxa é de 5% de analfabetismo, o que significa que em cada 20 argentinos ou uruguaios, apenas um é analfabeto. Usando a simbologia matemática, a taxa de analfabetismo dela é metade da nossa, ou por outro ângulo de visão, a nossa taxa de analfabetismo é 100% superior a dos nossos vizinhos! Apesar de estarmos na Copa do Mundo de Futebol, e eles quase fora, em termos de analfabetismo, estamos perdendo de goleada! Sem dizer que na Copa do Mundo da Inclusão, um em cada dez brasileiros recebeu cartão vermelho, está expulso permanentemente de campo! Que vergonha para nós brasileiros!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

"Era uma vez no passado" a lírica música de Rachmaninov

Quem não se lembra do filme "Um lugar do Passado", onde Cristopher Reeve (o Super Homem) nutria um amor que viajava pelo tempo? Este filme tinha um tema sonoro penetrante, e super-romântico, a Variação 18 da Rapsódia sobre um tema de Paganini. Este tema esta disponível num CD-livro que vem numa coleção da Abril, que a cada semana traz um grande compositor de música clássica. Esta semana o compositor contemplado é o russo Rachmaninov (1873-1943) que também era um virtuose do piano e grande maestro. Suas obras, no qual o piano romântico, continuador da tradição de Chopin e Tchaikovsky brilha, são de uma doce melodia, encantadora. Esta coleção da Abril traz um resumo da vida e obra do compositor, além de trazer um guia de audição, no qual o ouvinte pode acompanhar, segundo a segundo, a evolução da composição, com a entrada dos instrumentos. Este guia de audição ajuda a compreender melhor a obra, e a educar nossa sensibilidade frente a uma linguagem sofisticada. Além disso, as gravações foram realizadas com ótimas orquestras e maestros. Vale a pena conferir!

Nova data para programa de TV com entrevista do Psicólogo Haroldo Sato

Olá pessoal, a entrevista sobre saúde mental na família será transmitida hoje e amanhã 07 e 08 de outubro, às 18:00 horas, na TV COM, Canal 11, da NET-Santos. Confiram.

Os utopistas da Psicologia

Acredito que entre os autores da Psicologia, podemos dividi-los em aqueles que como Jung, Reich. Moreno que achavam que o ser humano poderia ser uma pessoa realizada, saudável, criativa e outros, capitaneados pelo Freud do Mal-Estar da Civilização e do Instinto de Morte, no qual o ser humano sempre será alguém neurótico, recalcado, infeliz, por viver dentro de uma sociedade repressora. Obviamente que os grandes autores que pensaram neste homem que poderá aspirar uma vida saudável, também pensavam que nossa atual sociedade deverá ser modificada, criando o que podemos chamar de utopias psicológicas. A meu ver, a utopia psicológica, apesar que desde Thomas Morus, ser por definição o lugar - topos - que não existe - u - é de maior significância para o ser humano. Ela deve existir simplesmente dentro de nós, como sonho ou aspiração de uma sociedade não repressora, madura, sem manicômios, sem necessidade de leis ou prisões. Por isso, viva a utopia! Viva o sonho! Viva a luta por uma sociedade melhor, mais igualitária! Sonhemos com a felicidade e lutemos por ela, para que ela exista para nós e para aqueles que convivem a nossa volta!

Os concertos de Bradenburgo, de Bach

Os Concertos de Bradenburgo, de Bach, são algo da dimensão do maravilhoso, induzindo o ouvinte a entrar num estado de harmonia interna intensa. A obra do genial compositor alemão, considerado o ápice do concerto grosso - concerto barroco geralmente polifônico, onde conjunto de instrumentos dialogam entre si formando uma harmonia rebuscada - é uma das peças mais tocadas do repertório clássico. Vale a pena conferir uma das várias gravações deste concerto.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Livro Método de Saúde Okada na livraria Nobel do Centro de Praia Grande

O livro Método de Saúde Okada, da qual tenho um capítulo escrito, está também agora disponível na livraria Nobel da Praia Grande, situada à Avenida Costa e Silva, próxima ao Banco Santander.
Abraço, Haroldo

Olimpíadas: Obama perdeu ou foi o Bush derrotado?

O resultado da escolha do Rio para sede das Olimpíadas 2016 foi uma derrota de Chicago, ou melhor, dos Estados Unidos. Acho que mais que uma derrota de Obama, o resultado reflete o sentimento antiamericano que George W. Bush conseguiu despertar no mundo. Talvez por este motivo, pela primeira vez uma cidade sul-americana, não comprometida com a odiosa Guerra do Iraque, tenha vencido pela primeira vez a eleição para cidade olímpica...

domingo, 26 de julho de 2009

Livro disponível

Olá amigos.
O livro Método de Saúde Okada, do qual escrevi um capítulo, sobre arte-terapia com arranjo floral, está disponível na Livraria Nobel do Shopping Litoral Plaza de Praia Grande.

Olá amigos!

Este blog é dedicado a todos os amigos e psicólogos que queiram discutir a nova psicologia do nosso Século XXI, que seja capaz de redefinir seus fundamentos, teorias e práticas, em busca de maior resolutividade e eficiência das últimas.